sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Como evitar Que Um Animal Desapareça?

Infelizmente, não há medidas infalíveis. No entanto, se tentar seguir o melhor que puder as sugestões que se seguem, estará a reduzir significativamente a probabilidade de o seu animal desaparecer.

• Nunca deixe o seu animal passear sozinho no exterior! Fora de casa, os animais ficam expostos a inúmeros e graves perigos, tais como atropelamento, doenças, maus-tratos, rapto ou envenenamento. Além disso, os animais podem desorientar-se ou seguir um potencial parceiro de acasalamento e não conseguir regressar a casa. Igualmente importante é não permitir que os gatos tenham acesso a telhados ou quintais adjacentes, pois correm o risco de cair por algum buraco ou de entrar nalguma casa abandonada de onde não consigam mais sair. As coisas correm sempre bem para quem deixa o seu animal passear sozinho até ao dia em que o animal é atropelado ou desaparece de vez.

• Transporte sempre o seu gato dentro de uma transportadora! Sempre que sair com o seu gato (para ir ao veterinário ou em viagem, por exemplo), leve-o dentro de uma transportadora apropriada. Nunca o transporte ao colo nem solto dentro da viatura. Ao sair do seu ambiente, um gato muito facilmente se assusta com ruídos ou odores estranhos, com outras pessoas ou outros animais. Um gato assustado é dificilmente controlável e pode fugir e/ou ferir pessoas e outros animais.

• Identifique o seu animal! Esta simples medida poderá ser a solução no caso de o seu animal se perder. Identifique o seu animal com uma medalha visível com contacto telefónico (dois números de telefone, de preferência) e peça ao veterinário que implante um microchip de identificação no seu animal (esta medida já é obrigatória por lei para os cães nascidos a partir de 1 de Julho de 2008). No caso de gatos, é importante que a coleira seja pelo menos parcialmente elástica/extensível. Como os gatos são muito curiosos e se enfiam por qualquer brecha, o objectivo é impedir que sejam estrangulados se ficarem presos pela coleira. Depois de implantado o microchip, contacte a base de dados de microchips em que o seu animal foi registado, para se certificar de que o registo já se encontra no sistema. Há relatos de registos que demoram vários meses a ser introduzidos ou que nunca chegam a ser introduzidos, por isso é vital que se certifique de que o número de microchip do seu animal está na base de dados.
Certifique-se de que o espaço do seu animal está bem murado/vedado! Se tiver um espaço exterior, assegure-se de que o muro/vedação tem altura suficiente para impedir a saída do seu animal (é recomendável uma altura igual ou superior a 2 metros). Não mantenha o seu animal acorrentado. Para saber o que há de errado em manter um animal acorrentado, consulte o recurso Liberta-me.org

• Em vez de prender a trela a uma coleira, prenda-a a um peitoral! Sempre que possível, para passear o seu animal, dê preferência a um peitoral (ou arnês). Um animal assustado poderá libertar-se facilmente de uma coleira. Por outro lado, coleiras justas são muito perigosas para os animais que se encontrem em crescimento (se a coleira não for afrouxada à medida que o animal for encorpando — o que acontece se o animal se perder ou for abandonado — a coleira tornar-se-á um grave problema, podendo sufocar o animal ou entranhar-se no pescoço). Recomendamos que utilize um peitoral para passear o seu animal e que lhe coloque uma coleira frouxa com medalha de identificação. Assim, se o seu animal eventualmente conseguir rebentar ou libertar-se do peitoral aquando do passeio, permanecerá com identificação na coleira.

• Em alturas de trovoada ou fogo-de-artifício, mantenha o seu animal no interior! Muitos animais têm medo de trovoada, fogo-de-artifício e outros ruídos fortes, podendo fugir apavorados e sem rumo. Acompanhe sempre de perto o seu animal nestas ocasiões, colocando-o num local seguro.

• Mantenha portas e janelas bem fechadas! Muitos casos de desaparecimento de animais são causados por simples distração. Se tiver gatos, é essencial manter as janelas/varandas de casa fechadas ou, em alternativa, aplicar redes plastificadas ou metálicas. As quedas de gatos são muito frequentes. Bastará um gato assustar-se ou tentar apanhar um pássaro ou uma mosca para se desequilibrar e cair, muitas vezes fatalmente. Por outro lado, se tiver de fazer obras dentro de casa ou no quintal e houver o risco de uma porta ou portão ficar aberto, mantenha o seu animal numa área segura da qual tenha certeza de que ele não conseguirá sair.

• Esterilize o seu animal! Quer seja macho ou fêmea, um animal esterilizado tem muito menos tendência a fugir para responder ao instinto de acasalamento (no caso de gatos, tanto machos como fêmeas, este fator é importantíssimo). Por outro lado, mesmo que uma fêmea esterilizada desapareça, a esterilização protege-a do enorme desespero de ter uma ninhada na rua, sem abrigo nem alimento suficiente para manter as crias; estando esterilizada, a sua cadela/gata "só" terá de se preocupar em cuidar dela própria. Por outro lado, os animais de raça definida esterilizados deixam de ser apetecíveis aos "amigos do alheio" que procuram e mantêm animais de raça para procriação e venda das crias. A esterilização oferece ainda outras vantagens ao seu animal, como uma vida mais longa e saudável. Para mais informações sobre a esterilização, consulte o recurso Esteriliza-me.org

• Não deixe o seu animal acessível a terceiros! Há cada vez mais relatos de animais que são raptados para serem explorados para procriação, venda ou "lutas" de cães. Nunca deixe o seu animal preso a um poste ou dentro do carro enquanto vai às compras. Se tiver um quintal/jardim/pátio com muros para a rua, evite deixar o seu animal sozinho nesse local enquanto não está ninguém em casa e muito menos durante a noite.

• Verifique o compartimento do motor da sua viatura! Se o seu gato tiver acesso à garagem, antes de sair, abra o capô e certifique-se de que o mesmo não está no interior. Embora não pareça um local nada confortável, é comum os gatos aninharem-se no compartimento do motor.

• Seja extremamente vigilante em situações novas e não familiares! Se tiver adotado o seu animal recentemente, se tiver mudado de casa ou se o seu animal tiver de ficar temporariamente num local que lhe é desconhecido (por exemplo, em casa de amigos ou familiares), certifique-se de que o seu animal fica numa área segura da qual não consiga fugir. As fugas pós-adoção são muito frequentes. Por favor, tenha ainda mais cuidado nas primeiras semanas de adoção de um animal. O seu animal precisa de tempo para se adaptar ao novo ambiente e às pessoas.

• Tenha cuidados redobrados com animais: idosos, com incapacidades ou necessidades especiais! Os animais com faculdades de audição ou visão debilitadas ou inexistentes encontram grandes dificuldades em sobreviver às provações e perigos da rua, particularmente ao risco de atropelamento. De modo idêntico, os animais com necessidade de medicação regular ou de ração específica, podem não conseguir suportar a falta de tratamento e de alimentação adequada. É fundamental que a segurança destes animais esteja sob constante vigilância, pois, em caso de desaparecimento, poderá não ser possível localizá-los com a rapidez necessária.

• Tenha especial atenção durante viagens! Tenha cuidado redobrado nas viagens com animais. Nesses casos, o ideal seria colocar o seu animal dentro de uma transportadora. Além de o seu animal poder saltar da janela do veículo sem que se aperceba, em caso de acidente, um animal à solta dentro do veículo será mais facilmente atirado para fora e/ou fugirá mais facilmente do local devido ao susto. Em estadias de férias, certifique-se de que o seu animal terá um lugar seguro e apropriado para ficar. A recuperação de animais desaparecidos longe do seu ambiente é bem mais difícil e trabalhosa.

• Tenha fotografias atualizadas do seu animal! Na eventualidade de o seu animal um dia desaparecer, procure ter sempre uma fotografia atualizada do seu animal. Ela poderá ser essencial para que o animal seja rapidamente identificado e localizado.

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